KRISTEN DUNST FALA SOBRE ' ON THE ROAD ' PARA VANITY FAIR

O que mais você tem para ano que vem? Você está em On the Road, certo? Interpretando Camille?

Sim, certo. Ainda estamos trabalhando nisso.

Isso foi frustrante? Kerouac não escreveu personagens femininos que foram memoráveis. On the Road trata-se mais sobre homens e as drogas que os amam.

Bem, eu acho Camille fascinante. Ela é baseada em Carolyn Cassady, esposa de Neal, e sua relação foi bastante complexa. Neal cresceu sem mãe. Eu acho que ele tinha dois lados, um era querer coisas selvagens, já outro, ter uma esposa e filhos. Acho que houve uma constante luta dentro dele. Ele queria sair e fazer suas coisas, mas também queria ser um homem íntegro, com uma vida estável.

Mas do mesmo jeito que você acabou de explicar isso, é tudo sobre Neal. Carolyn é apenas uma de suas opções, não totalmente aprimorada a ser uma humana.

Isso é verdade. Personagens femininas meio que desempenham papéis secundários. Quero dizer, obviamente as mulheres colocam os homens em determinado ponto. Suas contribuições são importantes. Mas o relacionamento entre Jack e Neal é o que realmente impulsiona o livro.

Ouvi dizer que o diretor Walter Salles enviou o elenco para o acampamento Beatnik Boot, em Montreal. Você fez parte disso?

Não, eu não fiz. Eu estou pegando a versão condensada. Eu só tentei estudar o máximo que eu pude, assistindo vídeos do Neal com o Jack. Eu também assisti ao filme Heart Beat, com Sissy Spacek e Nick Nolte. E então eu tenho o livro que Carolyn escreveu. Sinto que tenho muitas informações para captar.

Se você quiser fazer seu próprio acampamento Beatnik, basta fumar maconha e escrever alguma besteira fluxo-de-consciência como uma poesia. Você terá a base do essencial para isso.

(Risos) É, eu acho que sim. Esse é o “macete”.

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